O amor é uma raridade.
A gente parte do pressuposto que somos amáveis, que gostamos da maior parte das pessoas, que quando algo não vai bem entre duas pessoas é porque alguém errou em algo.
Mas por que a gente gosta de um alguém e não gosta de um outro alguém? Ainda....por que a gente gosta um pouquinho de um alguém e muitão de um outro alguém?
A gente para pra pensar por que alguém nos quer por perto?
Querer alguém por perto implica em um bom papo, em um cheiro específico, em gostos em comum.
Vocês já pararam pra pensar por que a gente quer estreitar relações com algumas poucas, pouquíssimas pessoas?
Para isso é preciso compartilhar silêncios, suportar discórdias, aguentar o outro com todos os seus poréns e ter notícias de que nós também somos cheios de poréns.
Amar de longe pode ser bonito e limpinho. Compartilhar boletos, pepinos, como-assim-você-não-pensa-como-eu, e mesmo assim um ficar e o outro também, é uma baita coincidência. Coisa de sorte mesmo. Fazer o amor existir não é a regra, mas uma exceção.
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