terça-feira, 3 de novembro de 2020

Ainda sobre a morte...

Kisagotami era uma viúva que tinha sofrido diversas reviravoltas na vida. Então, como último golpe, seu amado bebê morreu.

Ela estava inconsolável e não queria que o corpo fosse cremado. Um dos vizinhos da vila sugeriu que ela fosse ver o Buda.

Ela chegou ante ele com o cadáver ainda em seus braços. “Me dê algum medicamento especial para curar minha criança”, implorou.

O Buda então pensou um pouco. Depois disse: “Sim, posso te ajudar. Vá e me arranje três grãos de sementes de mostarda. Mas elas precisam ser de casas onde a morte nunca tenha ocorrido”.

Kisagotami encheu de esperança seu coração. Mas, assim que ia de porta em porta, ouvia uma história de perda após a outra. Naquela noite, quando voltou ao Buda, ela tinha aprendido que o luto não era sua tragédia pessoal, mas uma característica da condição humana, e aceitou o fato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que vale realmente a pena

Somos frágeis.  Poeira à espera do sopro do vento.  Não temos tempo a perder.  Cada dia que a gente desperdiça é um sol que foi embora sem r...